segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tentando contar tudo...atualizando

Victor já está com 4 meses. Ouvi muito as pessoas dizerem "passa rápido, aproveita", e é a mais pura verdade. 


Vou tentar contar tudo que eu quero sobre esses meses iniciais. 

Com certeza o primeiro mês foi o mais desafiador. Primeiro porque você está extasiada de tanto amor, de tanto carinho, de tanta proteção com aquele serzinho ali nos seus braços. Aí surgem os medos de não suprir todas as necessidades, de não saber exatamente o que ele quer e necessita. E aí você escuta outro conselho "Fica tranquila, você saberá o que ele quer". Mas como? Você se pergunta. Não sei dizer como, mas você realmente aprende a entender o que seu filho deseja. E os dias vão passando e você vai se sentindo mais dona da situação. Ao menos aqui foi assim. 


Victor é uma criança bastante tranquila até agora. Sorri e interage muito. É esperto, observador e gosta de uma baguncinha. 

Tenho muito a dizer sobre a minha experiência até aqui. E como hoje é um dia muito especial pois acaba de nascer o filho da minha amiga Claudinha, vou contar sobre a minha experiência com a amamentação. Sempre tive vontade de amamentar, acho lindo, pleno, maravilhoso, completo, saudável...Sabia que não seria fácil e me enchi de toda vontade do mundo e perseverança. Mas por uma sucessão de fatores, as coisas ficaram bem difíceis. 


Como já relatei aqui, tive pré eclâmpsia e tive que tomar remédios. Graças à Deus, Victor nasceu saudável, com 47 cm e 3.190 gramas. Infelizmente, no dia da minha cesárea, agendada com antecedência, faltou leitos na maternidade por conta de uma reforma - erro feio de logística, fora o desrespeito - , acarretando numa demora de mais de 8 horas para que eu pudesse estar no quarto e receber meu filhote.

Até então, Victor havia recebido no berçário LA - leite artificial- , chegando no quarto comecei a oferecer incessantemente meu seio para que ele pudesse sugar e assim descesse o colostro. Mesmo cansada, passei a noite toda assim, Victor sugava, sugava, sugava e nada. As enfermeiras e médicos me incentivaram a ir oferecendo e assim o fiz. Acontece que a descida não aconteceu. Victor, no dia seguinte, começou com um quadro de febre devido a desidratação. Sofri demais até que descobrissem que a febre era "apenas"uma desidratação (não que não seja grave) que foi resolvida com a introdução do complemento - LA leite artificial. Digo "apenas"pois a suspeita era de que meu filho estivesse infectado por uma bactéria, ou com alguma infecção e até mesmo leucemia. Victor foi retirado do quarto, levado ao berçário onde foram realizados exames de sangue e de urina, coletada através de uma sonda. Meu pequeno sofreu muito, até hoje choro quando me lembro do que vi naquele bercinho onde ele foi colocado.O susto foi imenso, minha pressão que já estava alta ficou alterada com picos de 17x12. As doses dos remédios foram aumentadas. 


Quando cheguei em casa, debilitada mais muito feliz, retomei minhas tentativas de amamentação. Oferecia o seio sem pressa. Em seguida, oferecia o LA, na mamadeira mesmo, senti muita dificuldade em dar no copinho e meu marido e eu optamos pela mamadeira que foi escolhida com muito critério, já que tinha medo de Victor largar o peito. Para minha surpresa Victor nunca deixou de querer o meu peito por isso. Aos poucos meu leite foi descendo, e o complemento as vezes nem era necessário. Conversamos muito com o pediatra que nos tranquilizou a respeito do LA e nos deu o aval de continuarmos com o complemento.


Passado meu período de recuperação, fui ao cardiologista que me esclareceu que os remédios para controlar a pressão arterial, diminuem a produção de leite materno, além de dificultarem a descida do mesmo. Eureka, estava aí a explicação de todo meu sofrimento. Outros fatores interferiram, o fato do parto ter sido cesáreo, a demora da liberação do leito. Infelizmente a amamentação não é simples para todas as mulheres. Aquelas que não conseguem ou sentem dificuldade, se sentem, muitas vezes, à margem da maternidade. 


Apesar de sempre ter dado o LM- leite materno-  junto com o LA, não me sinto menos mãe. Meu vínculo com meu filho foi e é construído dia a dia na nossa troca constante de amor, afeto e carinho. Na última consulta com o pediatra, depois de examiná-lo, disse que meu filho está muito saudável, ganhando peso de forma satisfatória, nem muito nem pouco. Até hoje, tirando o episódio da maternidade, Victor nunca mais teve febre, nem resfriadinhos, nada nada, até as temidas cólicas ele teve três ou quatro até agora. 


Mãe é mãe, amamentando ou não seus filhotes. 














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